domingo, 20 de janeiro de 2013

Projeto Volta Atlântico - etapa 6c - de Martinica a St. Christopher

O acesso a internet tem sido difícil, estamos quase sempre em lugares isolados. O tempo necessário para uma postagem do blog é de aproximadamente 5 horas, e isto demanda uma boa janela de tempo e com um Wi-Fi de qualidade.
Apesar do trabalho, tem sido compensador acompanhar o número de acessos na página - mais de 20.000 desde que o criei (em 2010) e mais de 100 acessos por postagem - além da satisfação de ler os comentários publicados e sentir a interação com os seguidores.
Pois bem, retomemos Martinica, ...

mais precisamente a St. Pierre, onde ...
 


fomos visitar a pequena cidade, atingida pela erupção do Mont Peleé em 1902.
 


Apesar da sua destruição, ressurgiu com a vantagem de um melhor planejamento e ...
 
guarda nas ruinas a memória da catástrofe.
 

A pequena cidade, na encosta entre o vulcão extinto e o mar, tem um charme especial, ...
 


e algumas ruinas também. Esta do antigo teatro ...
 
guarda sua elegante entrada, e ...
 
do prédio, ...
 
sobrou apenas o subsolo em pedra.
 
Do prédio da cadeia, restaram algumas paredes, também em pedra, ...
 
e a cela solitária, onde estava o único sobrevivente do sinistro, o preso August Cyparis.
 
Como Martinique é território francês, seu dinheiro é o Euro, e os preços são mais salgados.
 
A arquitetura é muito charmosa, resultado do uso de madeira, ...
 
com pedra.
 
Alguns barcos ancorados, como este do nosso lado, emprestam a paisagem um ar  de passado.
Nesta foto o Firulete é que parece ostentar a bandeira da Dinamarca.
 
No fim do dia, que foi especial, fomos ainda agraciados com um entardecer lindo, ... 
 
com mais um por do sol especial.
 
No anoitecer, entramos para um  pequeno restaurante que tinha Wi-Fi, pedimos um café com torradas e patê. Foi onde fiz a postagem anterior. Na saída pagamos quase 50 euros. Estes franceses sabem valorizar seus pratos.
 
No dia seguinte, seguimos para Dominica.
 
Chegamos na capital, Roseau, e fomos pedir informações para um jovem que hablava spanish.
Era Davison, dominicano que se formara em arquitetura, em Cuba.
 
Dominica é toda muito montanhosa, tem acanhada ocupação e é por isso muito preservada. Tem mais de 300 rios e muitas cachoeiras. Fomos na mais acessível, a Trafalgar Falls, com duas quedas, a Father e a Mother.
 
Fomos até o pé da queda e lavamos a alma.
 
O taxista que nos levou de vam, levou também três meninas muito simpáticas e alegres.
 
Ao lado da cahoeira, onde tomamos o banho bastante gelado, uma fonte quente brotava de pedras, com uma água bem sulfurosa. Alí tomamos um banho turco e encontramos um casal de brasileiros, ele gaúcho e ela paulista.
 
Na volta, na praia, garotos jogavam futebol num espaço apertado e entre pedras.
A ilha é bastante pobre e contrasta com ...
 
o navio de turismo que atraca num pier, na nossa popa, na madrugada.
 
No dia seguinte fomos para o norte da ilha, Prince Rupert Bay, com águas muito limpas. Mergulhamos com visibilidade de mais de 20 metros.
 
No dia seguinte, com pesar, deixamos Dominica. Na encosta do morro, um antigo forte, todo restaurado.
 
Depois de 5 horas de navegação, chegamos em Les Saints, conjunto de 8 ilhas, ao sul de Guadalupe.
 
A água estava ainda mais especial. Ancoramos o Firulete numa pequena enseada, entre as ilhas, e ...
 
fomos mergulhar.
 
Tudo muito bonito, mas com pouquíssimos peixes. O ponto alto são os corais.
 
No fim da tarde contornamos a ilha e ancoramos na La Savane, uma enseada muito abrigada e com alguns veleiros.
 
Cada lugar deste, pela manhã, temos pena de deixa-lo. Seguimos então para Guadalupe.
 
 Passamos pela capital, Basse-Terre, com seu antigo forte, ...
 
seu cemitério elegante, com todos os túmulos com vista para o mar, ...
  
e a cidade, muito charmosa e moderna. Realmente as ilhas francesas dão um banho.
 
Até a pedreira em atividade, na encosta do morro é planejada e harmoniosa.
 
Passamos direto e fomos para Pigeon, ao norte, onde no fim da tarde passeamos em terra, ... 
 
fomos num supermercado, nos abastecemos de baguetes francesas, para no dia seguinte partirmos novamente.
  
Fomos para Montserrat, a ilha que na década de 90 teve várias erupções do vulcão Soufrière Hills.
 
Sua capital, Plymouth, ao pé do vulcão, foi soterrada pelas cinzas do vulcão.
 
Passamos ao largo o recomendado, 500 metros.
 
 
 
 A cena é triste. Uma cidade-cemitério.
 
O vulcão ainda expele gases e o cheiro de enxôfre é forte. Ao passarmos no sotavento o sentimos na narina e garganta.
 
Mas a vida continua. Depois das imagens de desolação o poente dá mais um show, ... 
 
 e o sol entra no Mar do Caribe, que o apaga.
 
A parte norte da ilha continua ocupada e com vida normal e foi lá, em Cars Bay, que ancoramos para o pernoite. 
 
No dia seguinte, saímos cedo, com mar e vento suaves e pela popa, ...
 
passamos pela pequena Redonda, ilha totalmente deserta, e ...
  
voltamos a encontrar os veleiros que haviam sumido, pois Montserrat já não é mais sua rota. Observem o tamanho deste, pela referência do tripulante de pé, na proa.
 
Chegamos no fim do dia em Charlestow, na Pinney´s Beach, na ilha de Nevis, onde ... 
 
 fomos dar um passeio. A casa do antigo governante inglês virou museu, ...
 
 
em frente, o filhote de pelicano, desajeitado levanta vôo.
 
 A cidade fervilha e aguarda um comício eleitoral, ...
 
Tem um aspecto meio medieval meio de faroeste.
 
Lembra o bairro Queens, de New York, inclusive na sua negritude.
 
Mais para o norte fica a parte moderna, com uma infra pra turista norte americano, ...
 
e grandes espaços para eventos. Aqui acontecdem muitos casamentos.
 
 Partimos de Neves para St. Christother, as duas ilhas quase se emendam e formam um país.
 
Passamos por muitas enseadas aconchegantes, um velho navio nas pedras, partido em dois, ...
 
muitos veleiros magníficos - observem o tamanho deste pelas duas pessoas no convés - ...
 
 e a água com 8 a 10 metros de profundidade, onde se via todo o fundo.
 
Apesar de tantas ancoragens convidativas, tocamos direto para Basseterre, pois precisamos de internet, lavanderia, mercado e fazer os custons (documentação de entrada no país).
 
Como é sábado temos que ir fazer a imigração no aeroporto.
 
Depois uma volta pela cidade que mantem os mesmos traços de Neves.
 
Nestas cidades de colonização inglesa sempre tem igreja católica, anglicana, presbiteriana, quase sempre numa mesma rua que se chama Church Street, ...
 
 e as casas de pedra (ou tijolos) e madeira.
 
Ficamos por aqui e aguardem a próxima postagem que certamente será em Sint Marteen.